Fósseis são vestígios ou marcas de organismos vivos que já habitaram o planeta em algum momento de sua existência e que, por meio de diferentes processos, preservaram algumas de suas estruturas corporais. Eles são importantes porque nos permitem conhecer os organismos que habitaram a Terra e a evolução dos seres vivos nela. Mas qual é o organismo fossilizado mais antigo? Neste artigo da Ecologista Verde, queremos revelar essa curiosidade e, para tanto, a seguir falaremos sobre qual é o fóssil mais antigo do mundo.
O que são fósseis e como são formados
Como dissemos, fósseis são restos ou marcas de organismos que habitaram a Terra, o que não significa que sejam necessariamente estruturas do seu corpo, mas também podem ser pegadas, marcas de algumas partes do seu corpo, ovos, ninhos ou excrementos, enfim, tudo o que dá prova da existência de um ser vivo. Estes são freqüentemente chamados de icnofósseis. Assim, podemos encontrar fósseis de animais de todos os tipos, plantas ou bactérias, tanto de estruturas inteiras quanto fragmentadas.
Os fósseis mais frequentes são encontrados nas rochas, mas também podemos encontrar fósseis no gelo, âmbar ou na seiva das árvores e, embora possam pertencer a qualquer tipo de organismo, o mais comum é que pertençam a organismos que possuíam partes duras no seu corpo. corpo, uma vez que essas partes são mais propensas a resistir às condições de decomposição. Algum processos que podem gerar fósseis são:
- Mineralização: Nesse processo, os minerais são adicionados ou modificados às estruturas do corpo. É bastante comum em partes duras, como troncos de árvores, ossos grandes ou conchas.
- Carbonização: Esse processo ocorre quando há perda de substâncias voláteis como oxigênio, hidrogênio ou nitrogênio, até que reste um filme de carbono. É comum em restos de plantas ou animais com lignina, quitina, celulose ou queratina e geralmente ocorre em organismos que são esmagados por rochas.
- Fundição e moldes: são impressões negativas ou positivas de partes do organismo ou de seus icnofósseis.
Estromatólitos, os fósseis mais antigos do mundo
Estes são considerados como os fósseis mais antigos do planeta e eles datam de cerca de 3,5 bilhões de anos (A Terra tem 4.500 anos, e acredita-se que a vida celular começou há 3,8 bilhões de anos.) Esses organismos não eram dinossauros, nem trilobitas, nem amonitas, mas os fósseis mais antigos são bactérias. Especificamente, pensa-se que os estromatólitos são constituídos por massas microbianas compostas por bactérias filamentosas prototróficas anoxigênicas (bactérias fotossintéticas que não produzem oxigênio) e cianobactérias associadas a sedimentos de carbonato de cálcio.
Alguns estromatólitos foram encontrados em todo o planeta, principalmente na Austrália e na África do Sul. O mais antigo conhecido foi o encontrado em Pilbara (Austrália) na década de 1980 e estava datado em 3,496 milhões de anos.
Descoberta recente sobre o fóssil mais antigo do mundo
Recentemente, aqueles que são os fósseis mais antigos datados até a data. Se trata de fósseis microbianos de 3,77 bilhões de anos atrás, menos de 1 bilhão de anos após a formação do Sol e da Terra.
O estudo foi publicado na revista Nature recentemente e é liderado por uma equipe da University of College London (UCL). Os restos mortais foram encontrados em uma praia de Nuvvuagittuq (Quebec, Canadá), mesmo local onde foram encontradas algumas das rochas sedimentares mais antigas do planeta, datadas de 3.700 a 4.200 milhões de anos atrás.
As marcas desses fósseis foram encontradas entre camadas de quartzo, em um local onde existia uma fonte hidrotérmica que liberava água quente rica em minerais. Essa equipe identificou filamentos conservados nos sedimentos, que pertenciam a uma espécie de bactéria primitiva. Já durante a identificação, eles descartaram qualquer origem não biológica desses fósseis, mostrando que eles não teriam sido formados por mudanças de temperatura ou pressão na rocha. Esses fósseis tinham um tipo de ramificação característica de bactérias oxidantes de ferro, como as encontradas em outras fontes hidrotermais.
Esses fósseis sugerem que a Terra tinha condições adequadas para a vida antes do que se pensava e que a vida surgiu em fontes hidrotermais no fundo do mar e mais tarde se desenvolveu fora do ambiente aquático.
Outra curiosidade é que condições semelhantes às da Terra naquela época foram encontradas em outros planetas e luas, como nos antigos oceanos de Marte, nos oceanos subterrâneos da Europa (lua de Júpiter) e em um satélite de Saturno conhecido como Enceladus.
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