Vermes, bactérias e fungos que comem plástico

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Poluição de plástico é um problema de classe mundial. Tanto por se tratar de um drama ambiental que não para de se agravar, quanto por ser complicado resolvê-lo.

A vontade política tornaria muito mais fácil, sem dúvida, e o mesmo pode ser dito da consciência social, mas a consciência política e os cidadãos parecem se destacar por sua ausência. Embora também seja verdade que o ativismo está alcançando uma maior conscientização.

Neste post vamos nos concentrar em alguns aliados inesperados, que por enquanto estão dando muita alegria aos cientistas, já que os resultados em testes de laboratório são esperançoso. Se traduzido em soluções reais, seria também uma excelente notícia para o planeta e, claro, também para nós.

Vermes que transformam plástico em anticongelante

Esta semana o descoberta de uma incomum capacidade dos vermes conhecidos como vermes da cera, usados como isca pelos pescadores.

Federica Bertotochini, cientista do Instituto de Biomedicina e Biotecnologia da Cantábria, descobriu por acaso que os vermes conseguiram escapar de suas bolsas perfurando-as graças a um apetite voraz pelo plástico.

Em poucas horas boa parte do o plástico se foi, especificamente o polietileno, encontrando nas bolsas etilenoglicol, principal composto anticongelante. Portanto, a conclusão era óbvia: os vermes degradaram o polietileno de forma ecológica, sem ter que esperar centenas de anos por sua biodegradação.

A descoberta não servirá para acabar com o problema dos resíduos plásticos com minhocas, embora se busque uma forma de sintetizar as enzimas utilizadas por esses animais a fim de encontrar usos práticos nesse sentido. Ou seja, seriam produzidos em larga escala.

Bactérias que comem plásticos

Antes de descobrir os benefícios vermes biodegradáveis Da cera ao plástico, os cientistas fizeram o mesmo com as bactérias.

A bactéria denominada Ideonella sakaiensis 201-F6 é uma delas. Cientistas japoneses descobriram seu bom apetite para comer PET ou tereftalato de polietileno, o plástico mais abundante.

A descoberta foi publicada na Science em 2016, enfatizando a importância do fato de as bactérias poderem ser utilizadas em instalações especiais para a reciclagem de garrafas e outros recipientes de PET para metabolizar e degradar enzimaticamente o plástico. Até então, algo semelhante só havia sido alcançado com algumas espécies de fungos, portanto não poderia ser considerado um estratégia de reciclagem viável, eles apontaram. No entanto, o isolamento dessa nova bactéria pode ter mudado as coisas, em sua opinião, já que ela é capaz de usar o PET como sua principal fonte de energia. O resultado é a conversão do PET em duas substâncias ecologicamente corretas. Especificamente, em "monômeros ambientalmente benignos, ácido tereftálico e etilenoglicol".

Eles encontram um fungo que degrada o plástico

Na verdade, também cogumelos eles podem quebrar o plástico. Em 2008, um grupo de alunos do departamento de Biologia Molecular e Bioquímica da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, encontrou na floresta amazônica um fungo que pode fazer isso.

Uma das alunas que fez esta viagem, Pria Anand, se dedicou a investigar o comportamento das amostras que havia coletado no Equador na presença de plástico, e com a ajuda de outros colegas descobriram que um fungo se chama Pestalotiopsis micrósporos podem degradar o plástico. Nem precisava de oxigênio para isso, que poderia ser muito útil para uso em aterros sanitários, entre muitos outros usos.

Eles também podem produzi-lo: bioplástico

As bactérias não podem apenas degradar plástico, mas também produzi-lo. Uma das investigações mais interessantes foi realizada por cientistas do Centro Superior de Investigaciones Científicas (CSIC), cujo estudo se concentrou em bactérias que liberam uma substância com a qual pode ser feita. bioplástico.

São as bactérias Pseudomonas putida, que após autodestruição geram uma substância que é matéria-prima ideal para a fazer bioplástico. Segundo a equipe científica, eles poderiam ser usados na produção de bioplásticos para reduzir o impacto ambiental e também o custo de produção.

Produzir materiais plásticos mais ecológicos seria uma ótima maneira de resolver o problema em suas raízes. Embora as invenções dedicadas a encontrar a maneira mais rápida e ecológica de degradar o plástico sejam interessantes, elas ainda são um remendo.

Pelo contrário, o uso de plástico menos convencional, seja porque diferentes alternativas são encontradas ou porque o bioplástico é usado, reduz o poluição de plástico e atacar o problema da melhor maneira. Ou seja, por meio da prevenção. Enfim, bem pensadas, as duas abordagens são complementares, por isso devem ser sempre celebradas.

Conclusões.

Não esqueçamos que a deterioração do planeta também supõe que a de nosso ecossistema E, por exemplo, a poluição dos oceanos com o plástico acaba prejudicando a nossa saúde de forma muito direta. Sem ir mais longe, o facto de o plástico poluir os mares significa insegurança na cadeia alimentar.

Ou o que é o mesmo, um problema sério de saúde pública que poderia acabar sendo uma fonte primária de alimento para a sobrevivência humana, como a despensa do mar.

Mas nem tudo são más notícias. Voltando àqueles laboratórios que não param de buscar novas fórmulas para acabar com esse problema, encontramos algumas iniciativas realmente surpreendentes. São projetos que descobriram o potencial que bactérias, fungos e vermes têm para quebrar o plástico e, em alguns casos, também para a produção de bioplásticos.

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