Zona climática na classificação de energia

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Analisamos como a zona climática pode influenciar na qualificação do certificado energético

Como já sabemos, a demanda energética de um imóvel depende das características de sua envoltória térmica, bem como de outros fatores relacionados à disciplina bioclimática quanto à localização e orientação das fachadas de um edifício de acordo com as características climáticas do local onde se encontra. localizado.

Quando tentamos obter a classificação energética de um imóvel existente, ficamos fortemente condicionados por estes parâmetros, visto que condicionam a procura de energia e influenciam sobremaneira o consumo e a classificação final.

Parece lógico, portanto, conforme estabelecido no Apêndice D do DB HE 1 do Código Técnico, sobre zonas climáticas, que devemos considerar quando nos deparamos com uma propriedade localizada em áreas montanhosas dentro de uma determinada província com diferenças de altitude significativas em relação ao provincial capital, devemos considerar outra zona climática uma vez que, obviamente, as condições climáticas variam.

A seguir vamos analisar em que medida a zona climática pode influenciar a qualificação final do certificado energético utilizando CE3X, através de um exemplo de uma casa em dois casos, no primeiro caso a zona climática da capital valenciana é considerada "por defeito" sem ter em conta a tabela anterior, e noutro caso em que é considerada, já que como veremos, devido à sua altitude corresponde a uma zona climática muito mais desfavorável. Partimos da avaliação de que, obviamente, a zona climática a ser considerada será diferente e que a escala de avaliação também será diferente.

CASO 1: Consideramos a zona climática padrão da capital por província:

É uma casa de bloco individual, cujo ano de construção é 1998, com uma superfície útil habitável de 99 m2, neste caso na ficha de dados gerais do CE3X entramos na cidade, indicando que se trata de Utiel, mas deixamos «por omissão »A zona climática correspondente a Valência, ou seja, a zona B3.

Observamos que o programa nos dá a seguinte qualificação:

CASO 2: Considerações da zona climática de acordo com a altitude da localidade:

Neste segundo caso, por se tratar de uma casa localizada no município de Utiel, recorremos à Wikipedia para obter sua altitude, segundo a qual está 720m acima do nível do mar.

Tendo em conta que a altitude de referência para Valência é de 8m, de acordo com a tabela anterior, obtemos que a diferença de altitude entre a vila e a capital provincial em metros é de 712 m, pelo que de acordo com a tabela D.1 das zonas climáticas nós considere a zona D1. Ao operar com o programa não indicamos apenas a localidade, mas iremos selecionar aquela zona climática (HE-1).

Neste segundo caso, o programa nos dá a seguinte qualificação:

CONCLUSÕES:

Em relação à demanda e consumo de energia:

Neste segundo caso, podem ser observadas demandas muito maiores no aquecimento em relação ao primeiro (de 74,5 Kwh / m2 sobe para 183 Kwh / m2) e também no resfriamento a demanda aparece como não qualificadora, o que indica que não há demanda. Aqui fica demonstrado como comentei no início do artigo a influência da altitude e do clima na demanda energética da propriedade e por fim na sua classificação.

Em relação à escala de avaliação:

Neste segundo caso, verifica-se que a escala de avaliação é diferente, de forma que neste segundo caso os indicadores utilizados pelo programa são diferentes e os intervalos em cada letra em relação ao indicador kg CO2 / m2 são maiores.

Em relação à qualificação obtida:

Neste segundo caso, verifica-se que com as demandas e consumos obtidos na nova escala de avaliação, a casa piorou uma letra, passando de um F inicial para um G final. Entendo que nem sempre esta circunstância deve ocorrer, mas dadas as conclusões obtidas, é importante sempre considerar a zona climática adequada de acordo com o segundo caso, considerando a altitude do município de acordo com a tabela D.1 de zonas climáticas.
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Artigo elaborado por José Luis Morote Salmeron (Arquiteto Técnico - Gerente de Energia - Perfil Google plus) Acesse seu site AQUI, em colaboração com OVACEN.

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