A reprodução dos organismos geralmente ocorre de forma sexual, com dois indivíduos de sexos diferentes, portadores de gametas complementares ou assexuadamente. Curiosamente, podemos dizer que há cerca de 1% das espécies do planeta em que pode ocorrer um tipo muito peculiar de reprodução assexuada sem fecundação prévia: a partenogênese. Da partenogênese em abelhas e mariposas à partenogênese em vertebrados de sangue frio, como peixes e répteis, diversos organismos podem se reproduzir como espécies partenogenéticas em algum ponto de seu ciclo de vida.
Continue lendo este interessante artigo do Ecologista Verde e descubra em detalhes o que é partenogênese e exemplos.
A partenogênese é um dos tipos de reprodução assexuada mais impressionante do reino animal. Ele foi estudado por mais de 100 anos, permitindo que pesquisadores de todo o mundo descobrissem novos recursos e causas da partenogênese. Mas, como a partenogênese ocorre exatamente?
É um estranho fenômeno de reprodução assexuada que permite que as fêmeas de certas espécies animais se reproduzam mesmo quando não há machos para se reproduzir sexualmente. Através da formação de gametas haplóides por mitose, as fêmeas são capazes de desenvolver novos embriões exclusivamente de seu material genético materno.
Surpreendente, certo? Vamos ver nas próximas seções mais características e exemplos desse curioso fenômeno reprodutivo.
É possível diferenciar entre tipos de partenogênese atendendo a vários critérios de classificação. Por outro lado, dentro do reino animal, dependendo do tipo de meiose que ocorre durante a formação dos gametas, a partenogênese pode ser:
Por outro lado, em invertebrados e particularmente em insetos, a partenogênese pode originar descendentes de sexos diferentes. Dependendo da proporção de cada sexo desses descendentes, a partenogênese pode ser:
Da mesma forma, dependendo da capacidade da espécie em optar pela partenogênese como processo de reprodução assexuada, pode-se considerar:
A partenogênese tem sido verificada em diferentes organismos, sendo mais comum em invertebrados e em alguns vertebrados como peixes e répteis. No entanto, a partenogênese em mamíferos começou a ocorrer artificialmente, sob a intervenção de humanos em pesquisas clínicas. Em relação à partenogênese em plantas, deve-se observar que é menos comum que em animais.
Na lista a seguir você encontrará exemplos de organismos que realizam partenogênese, classificados de acordo com o grupo de seres vivos a que pertencem e se sua partenogênese ocorre de forma natural (na natureza) ou por intervenção de ensaios científicos (em cativeiro).
Por outro lado, é interessante destacar como os avanços científicos conseguiram trazer a partenogênese para a espécie humana. Vários estudos conseguiram realizar ensaios clínicos com células humanas para desenvolver a partenogênese humana para aplicações em terapia celular e de tecidos.
A principal vantagem do partenogênese em biologia é atribuído ao sobrevivência da espécie, permitindo sua evolução. Entre as causas da partenogênese, estudos científicos destacam a necessidade de animais e plantas para lidar com condições ambientais drásticas e a necessidade de aumentar o número de indivíduos em sua população, podendo sobreviver antes de retomar a reprodução sexual que geralmente continua em condições favoráveis.
Assim, pode-se afirmar que espécies capazes de se reproduzir por partenogênese se beneficiam de diferentes vantagens, tais como:
No entanto, nem todos são vantagens na partenogênese. Vamos ver na próxima seção algumas de suas principais desvantagens.
Do ponto de vista da diversidade genética, a partenogênese, como forma de reprodução assexuada, dá origem ao perda de troca de informações e variabilidade genética, com a conseqüente clonagem do material genético dos descendentes.
Seria, portanto, um processo de endogamia que impede a diversidade genética entre os organismos, às vezes levando a descendentes partenogenéticos com anormalidades e até mesmo morrendo prematuramente.
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Bibliografia