Por que a natureza nos dá uma sensação de liberdade?

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A natureza nos dá uma agradável sensação de bem-estar. Isso nos faz sentir livres. Além de catástrofes ambientais devastadoras, mesmo quando desencadeadas, ou talvez ainda mais, algo nos move por dentro que é irresistível.

A visão de um mar agitado, as tempestades, navegando à toa em um veleiro, deixando a chuva nos encharcar, batendo a maior onda com a prancha de surf, nos perdendo em uma floresta, respirando a plenos pulmões no meio de uma campina, na orla da praia, envolta numa brisa que nos dá asas …

Essas situações, e inúmeras outras como elas, costumam transmitir um sentimento indescritível de liberdade ou, pelo menos, um sentimento libertador, que nos ajuda a enfrentar o dia-a-dia e não nos convida a sonhar acordados. Por que a natureza nos dá uma sensação de liberdade?

E do teto, as estrelas

Situações, experiências, cenários que nos animam, tanto diferentes como semelhantes, porque apesar das suas grandes diferenças têm como denominador comum a Natureza, em contacto com ela. Nossa mente, cada centímetro de pele nos pede mais quando vivemos experiências que faça-nos conectar com a natureza, tão simples quanto inesquecível. Eles deixam uma marca indelével e nos alimentam com a gasolina de que precisamos para viver por dentro e acreditar que um futuro melhor é possível.

Queremos beber o ar em grandes goles quando respiramos no alto de uma montanha, nos deliciamos com as nuvens que desfilam diante de nós com suas formas caprichosas. E, claro, adoramos contemplar as estrelas que jazem no meio do nada se estamos acampando selvagens ou, por que não, fechando os olhos e sonhando que estamos ali.

As paisagens são envolventes e os sons da natureza têm muito a ver com isso, que nos subjugam de forma inefável. Ouvir os murmúrios que se ouvem em qualquer floresta nos transporta de forma mágica. Não é necessário estar no meio da savana africana ou ir fundo na Amazônia para sentir essa conexão maravilhosa. Uma pincelada verde é suficiente para acordá-la.

Entre o símbolo e a origem humana

Mas por que a natureza nos faz sentir livres? O que é esse fio de ouro que nos une a ele, que nos faz sentir parte de um todo? Por um lado, existem os símbolos, aqueles significados culturais que fazem parte de diferentes sociedades ou grupos humanos ou, se tiverem caráter universal, que compartilhamos como seres socializados ao longo da história da humanidade.

É a razão pela qual contaminamos a vida selvagem à domesticada. Esses cavalos que galopam livres em cenários naturais, essas praias de nudismo em cenários selvagens, aquele bando de pássaros que voam alto no céu, aquelas paisagens transbordantes de Natureza virgem nas quais o homem ainda não calçou as botas.

E, por extensão, aqueles pés descalços que andam na areia fina da praia contra a gravata que oprime física e mentalmente em um ambiente urbano, ao invés de roupas largas, para a nudez completa. Uma libertação de corpo e alma, despojada disso, enquanto nos banhamos numa piscina de água salpicada por imensuráveis cascatas.

Logicamente, é uma natureza idealizada, um símbolo na realidade. Nem tudo é tão bonito como pintamos em nossa mente, longe disso, mas a sensação de liberdade é indiscutível, uma verdade com letras maiúsculas. Incontestáveis e poderosos, independentemente da construção social que fizemos fabricando símbolos que também têm muita verdade.

Em um nível muito mais profundo, e em muitos casos como a razão última dessa socialização e atribuição de significados que começou com os primeiros grupos humanos, estão as circunstâncias que marcaram o curso da evolução. Circunstâncias marcadas por um cenário repleto de Natureza como ambiente no qual o ser humano vem evoluindo por centenas de milhares de anos.

Uma moldura na qual ele está se movendo, descendo das árvores e caminhando ereto. Talvez seja por isso que caminhar entre o verde estimula a criatividade e nos faz sentir mais livres. A neurologia descobriu que, quando andamos, o lobo frontal, a parte do cérebro que mantém o controle de nossas emoções, é liberado.

Graças à automação do processo de caminhar e à ausência de demandas em um ambiente natural, que não exige nossa atenção com urgência, liberamos o cérebro, que começa a se sentir liberado. Nesse sentido, a inspiração nos pega caminhando ou relaxados antes de trabalhar, ao contrário do que se costuma dizer … Na verdade, quando a Natureza entra em cena, as ideias fluem com mais facilidade, podemos nos desconectar e nos sentirmos liberados.

Sinta-se parte de um todo

Também é libertador que sensação mágica de submergir nas águas, seja entrando no mar ou em qualquer outro enclave natural, e até artificial. Ao raciocínio anterior acrescenta-se o contato com o elemento líquido, uma espécie de retorno ao ventre materno em sentido estrito e figurativo, da mesma forma que acontece com a Natureza em geral. Dentro da água, origem da vida, o relaxamento é maior, acentuando mais, se possível, a sensação de liberdade que o ambiente natural nos transmite.

Natureza idílica é aquele lugar que nosso cérebro identifica como sua casa, nosso habitat ideal, para o qual foi realmente projetado. Dado o ritmo imposto pela cidade, a hiperatividade que o estilo de vida urbano acarreta, o contato com a natureza é o melhor bálsamo, aquele remédio necessário que nosso corpo busca. Existe a cidade, a nuvem de smog, sua hiperatividade, sua loucura asfáltica, e deixá-la para trás é um grande alívio. Uma liberação absoluta para nos sentirmos parte de um todo.

Esse código genético ancestral que reivindica a Natureza, essa nossa anatomia que continua a abraçar o meio ambiente e detesta a vida moderna frenética, nos pede estímulos muito diferentes daqueles que a nossa determinação de viver rapidamente pode proporcionar. Como uma mensagem em uma garrafa lançada ao mar que guarda os segredos da noite do tempo, ela nos pede ajuda. A pergunta que fica no ar é: como nos proteger de nós mesmos?

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