BIOINDICADORES: o que são, tipos e exemplos - Resumo

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Atualmente, existem cada vez mais ferramentas e metodologias inovadoras que permitem enfrentar os riscos ambientais durante os programas de monitoramento ambiental. Porém, além das novas tecnologias e inovações, existem inúmeros e diversos recursos naturais que permitem o monitoramento eficaz dos problemas ambientais relacionados à poluição dos ecossistemas. Estamos falando de bioindicadores ambientais.

Se você quer descobrir a importância da presença de bioindicadores para os ecossistemas e como eles são interpretados e usados por especialistas, neste artigo da Ecologista Verde você encontrará todas as informações que precisa saber em detalhes o que são bioindicadores, seus tipos e exemplos.

O que são bioindicadores ambientais e para que servem?

Conforme descrito em 1999 pelos cientistas Spanh e Sherry, o bioindicadores ambientais são todos aqueles organismos vivos que, graças às suas características ecológicas, apresentam uma elevada sensibilidade às diferentes alterações ambientais que ocorrem na natureza, reagindo a elas como se fossem estímulos específicos. Esses bioindicadores são capazes de reagem à presença de acúmulos de poluentes muito mais cedo do que os indicadores artificiais ou abióticos.

Desta forma, os bioindicadores ambientais constituem uma das ferramentas de trabalho mais utilizadas na programas de biomonitoramento, que permitem saber se existem riscos de contaminação ambiental nos diferentes ecossistemas do planeta, tanto em ecossistemas terrestres, como aquáticos e aéreos.

Tipos de bioindicadores ambientais

Agora que sabemos o que exatamente são bioindicadores ambientais, na lista a seguir veremos os diferentes tipos de bioindicadores que existem dependendo do tipo de ecossistema em que atuam:

  • Bioindicadores de ar
  • Bioindicadores de água
  • Bioindicadores de solo
  • Bioindicadores urbanos
  • Bioindicadores marinhos

Na próxima seção, veremos alguns exemplos de bioindicadores ambientais específicos para aprender mais sobre eles.

Exemplos de bioindicadores ambientais

Você já se perguntou por que os samambaias são usados como bioindicadores ou por que os líquenes são usados como bioindicadores da poluição do ar? Ambos os organismos vegetais são considerados um dos organismos bioindicadores por excelência, cuja presença num ecossistema determina que a sua qualidade atmosférica seja boa, visto que, caso contrário, líquenes e samambaias eles não poderiam sobreviver lá. Se você quiser saber mais exemplos de bioindicadores Além de líquenes e samambaias, na lista a seguir você encontrará organismos terrestres, aquáticos e aéreos que são comumente considerados bioindicadores ambientais:

  • Protozoários bioindicadores de contaminação de mananciais.
  • Bactérias que atuam como bioindicadores da qualidade das águas costeiras.
  • Microorganismos, ácaros, fungos e vermes como bioindicadores da qualidade do solo.
  • Macroinvertebrados bentônicos bioindicadores da saúde ambiental de ambientes aquáticos, tanto de água doce como marinhos.
  • As aves silvestres são bioindicadores da saúde ambiental do ecossistema em que habitam, visto que esses animais ocupam diferentes níveis tróficos nos ecossistemas, possuem ampla distribuição e são sensíveis às mudanças atmosféricas no meio ambiente.
  • Lagartixas ou dragões e gekos são indicadores muito bons da qualidade do ar. Eles são especialmente sensíveis a gases industriais, como o dióxido de enxofre.
  • As abelhas como bioindicadores da qualidade do ar ou da atmosfera. Eles são especialmente sensíveis à presença de pesticidas e inseticidas, como os neonicotinóides, no ar e nas plantas de que se alimentam.
  • Anfíbios e peixes como bioindicadores da ausência de metais pesados nas águas em que habitam.

Como os bioindicadores são usados para avaliar a qualidade do meio ambiente

Os diferentes bioindicadores ambientais que temos visto ao longo do artigo são usados em programas de biomonitoramento ou biovigilância ambiental.

Nestes programas, ecologistas e outros especialistas estudam a presença ou ausência de determinados organismos vivos que apresentam características de bioindicadores, podendo assim determinar se o ecossistema que habitam tem boa saúde ambiental ou se, ao contrário, possuir algum tipo de fonte de contaminação que impeça a sobrevivência e o crescimento dos ditos organismos vivos considerados bioindicadores.

Por exemplo, se se estuda a qualidade ambiental e o estado de conservação de uma floresta que possui um determinado nível de umidade na qual existem líquenes, esses organismos indicam que nessa floresta a qualidade do ar é suficientemente boa, limpa e purificada para viver. organismos para crescer e habitar esse ecossistema terrestre. Este mesmo exemplo pode ser comparado com a existência de peixes e anfíbios em ecossistemas aquáticos, bem como com a presença de pássaros em ecossistemas aéreos.

Se você quiser saber mais sobre como é a qualidade do ar, aqui falamos em detalhes sobre o que é a qualidade do ar e como ela é medida.

Qual a importância dos bioindicadores

Depois de saber em que consistem os bioindicadores ambientais e como são aplicados em programas de biomonitoramento, é lógico pensar que essas ferramentas são muito importantes na estudos ambientais.

Graças à sua resposta rápida a vários poluentes, os bioindicadores permitem que os especialistas alertar sobre possíveis riscos ambientais relacionada a algum tipo de contaminação, além de poder atuar contra os referidos poluentes uma vez descoberta a resposta do bioindicador. Recomendamos que você leia este outro artigo sobre O que é um risco ambiental e exemplos.

Sem dúvida, é um dos métodos mais eficazes e em harmonia com os ritmos ecológicos da natureza que permite ao homem compreender melhor os fatores ambientais e agir contra a sua contaminação.

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Bibliografia
  • Gamboa, M., Reyes, R. & Arrivillaga, J. (2008) Macroinvertebrados bentônicos como bioindicadores de saúde ambiental. Boletim de Malariologia e Saúde Ambiental. Volume XLVIII (2).
  • Parra, E. (2014) Aves selvagens como bioindicadores de contaminação ambiental por metais pesados. Revista, CES Public Health, Medellín (Colômbia), Volume 5 (1).
  • Hermoso de Mendoza, M., Soler, F. & Pérez, M. (2008) Mamíferos terrestres selvagens como bioindicadores: novos avanços em Ecotoxicologia. Revista Observatório Ambiental (Espanha). Volume 11, pp: 37-62.
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