
Os vegetais podem ser a chave para um concreto mais forte e mais verde
Todos sabem que os vegetais são bons para as pessoas, mas uma nova pesquisa da Lancaster University também confirma que eles podem ser a chave para a construção de edifícios mais fortes e verdes. E sim … isso não é uma piada!
Os engenheiros da Lancaster University estão trabalhando com a indústria de concreto para investigar como as misturas de concreto podem ser fortalecidas e mais ecologicamente corretas com a adição de 'nanoplaquetas' extraídas das fibras de raízes vegetais.
O trabalho, que é apoiado por financiamento da União Europeia no âmbito do projeto Horizon 2022 da União Europeia, baseia-se no resultados dos primeiros testes que mostraram que as misturas de concreto, incluindo as «nano-plaquetas» de beterraba sacarina ou cenoura, melhoram significativamente as propriedades mecânicas do concreto.
Lembre-se de nosso artigo sobre casas biológicas, aquelas que são construídas com componentes de restos de produtos agrícolas como palha, caules de plantas ou grama como gramados.
Esses concretos à base de plantas também apresentaram desempenho superior a todos os aditivos de cimento disponíveis no mercado, como o grafeno (ver arquitetura com grafeno) ou nanotubos de carbono, e a um custo muito mais baixo ao usar resíduos da indústria alimentícia.
As «nanoplaquetas» extraídas das raízes funcionam tanto para aumentar a quantidade de silicato de cálcio hidratado (é um dos principais compostos hidratados do cimento Portland, responsável pelas propriedades de resistência do cimento), principal substância que controla o desempenho do concreto, a fim de impedir quaisquer rachaduras que apareçam nele.
'Nanoplaquetas' de raízes vegetais aumentam a resistência do cimento
Os compósitos não são apenas superiores aos atuais produtos de cimento em termos de propriedades mecânicas e microestrutura, mas também usam quantidades menores de cimento. Isso reduz significativamente o consumo de energia e as emissões de CO2 associadas à fabricação de cimento.
Dois artigos interessantes para ver:
- Exemplos de casas de concreto
- Elementos pré-fabricados com concreto
- Moldes para concreto estampado
A indústria da construção está procurando urgentemente maneiras de reduzir suas emissões de carbono. Isso ocorre porque o dióxido de carbono é um subproduto da conversão química que ocorre durante a produção de cimento. O processo também requer que o cimento seja aquecido a temperaturas muito altas, geralmente por meio da queima de combustíveis fósseis.
A produção de cimento Portland comum, um dos principais ingredientes do concreto, é altamente intensiva em carbono, sendo sua produção responsável por 8% do total de emissões globais de CO2. Espera-se que esse número dobre nos próximos 30 anos devido ao aumento da demanda. (Veja o relatório de referência AQUI)
Os engenheiros conseguiram usar 40 kg a menos de cimento Portland por metro cúbico de concreto, economizando 40 kg de CO2 no mesmo volume. Embora pareça pouco, se replicarmos para o consumo de um país, estamos falando de números muito grandes.
Os compostos de cimento à base de plantas também apresentaram uma microestrutura mais densa., que é importante para prevenir a corrosão e aumentar a vida útil dos materiais.
O professor Mohamed Saafi, do Departamento de Engenharia da Lancaster University e investigador principal, acredita que essa pesquisa pode contribuir muito para reduzir as emissões de carbono na construção.
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