
No final do século 20, vários representantes da comunidade científica, econômica e política de diferentes países ao redor do mundo se reuniram para discutir uma nova indústria que estava revolucionando a ciência e o comércio. Era sobre a indústria de biotecnologia. Uma das indústrias mais importantes e em rápido crescimento do mundo, para a qual era fundamental que houvesse um protocolo regulatório que garantisse as necessidades de proteção do meio ambiente e do comércio internacional. Com estes objetivos, foi adotado o denominado Protocolo de Segurança da Biotecnologia, ou Protocolo de Cartagena, que se tornou um passo decisivo e imprescindível para a segurança internacional de todas e cada uma das diversas ações que decorrem do indústria de biotecnologia.
Se você quer saber em que consiste o Protocolo de Cartagena, continue lendo este interessante artigo do Ecologista Verde sobre o Protocolo de Cartagena: o que é, países objetivos e signatários.
O que é o Protocolo de Cartagena
Os princípios de Protocolo de cartagena foco no Segurança Biotecnológica aplicada nas diferentes Convenções sobre Diversidade Biológica que, em nível internacional, gerencie os movimentos de um país para outro de diferentes espécies de Organismos vivos modificados (OVMs).
Este Protocolo de Biossegurança foi originalmente elaborado em 1999, na cidade colombiana de Cartagena de Indias (também conhecido como Protocolo de Cartagena), embora só tenha sido adotado e finalizado um ano depois, na cidade canadense de Montreal; reconhecendo-se como um acordo complementar à Convenção sobre Diversidade Biológica. Finalmente, este protocolo entrou em vigor em 11 de setembro de 2003.
Com o objetivo final de criar um ambiente adequado para a aplicação das tecnologias mais inovadoras e ambientalmente sustentáveis, o Protocolo de Cartagena permite que a biotecnologia internacional obtenha o máximo benefício de sua pesquisa, reduzindo os riscos que essa atividade biotecnológica pode causar tanto ao meio ambiente como a saúde humana ao mínimo. Neste outro artigo da Ecologista Verde, você pode descobrir mais sobre o que é e para que serve a biotecnologia.
Vejamos nas próximas seções quais são os objetivos específicos estabelecidos pelo interessante Protocolo de Cartagena, bem como os diferentes países que o assinaram.
Objetivos do Protocolo de Cartagena
O princípios do Protocolo de Cartagena foco no biossegurança moderna transfronteiriço, usado em diferentes organismos vivos modificados. É vital garantir essa segurança, uma vez que a biotecnologia aplicada à Diversidade Biológica pode ter diversos efeitos adversos em termos da conservação e do uso sustentável dessa biodiversidade. Nesse contexto, 40 artigos e 3 anexos reúnem todos e cada um dos objetivos traçados em Montreal, entre eles, objetivos voltados para a segurança biotecnológica de:
- Produtos farmaceuticos.
- Procedimentos para o uso de organismos vivos modificados destinados ao uso direto como alimento humano ou animal.
- Avaliações de risco e manejo para evitar os possíveis efeitos adversos que os organismos vivos modificados podem sofrer em sua conservação e uso sustentável como diversidade biológica.
- Manuseio, transporte, embalagem e identificação pelo Centro de Intercâmbio de Informações em Biossegurança.
- Capacitação, conscientização e participação pública com foco na segurança na transferência, manuseio e uso de organismos vivos modificados, levando em consideração sua conservação e uso sustentável, bem como os possíveis riscos à saúde humana.
- Considerações socioeconômicas, mecanismos e recursos financeiros, responsabilidade e compensação relacionados às diferentes normas e procedimentos internacionais resultantes dos movimentos transfronteiriços de organismos vivos modificados.

Países signatários do Protocolo de Cartagena
São 170 países signatários do Protocolo de Cartagena e todos e cada um deles apresentaram sua aprovação e participação neste importante e essencial protocolo internacional que visa garantir a segurança dos processos biotecnológicos relacionados com a diversidade biológica.
Agrupados de acordo com o continente e / ou região geográfica a que pertencem, alguns destes 170 países que assinaram o Protocolo de Cartagena são:
- África: Angola, Burkina Faso, Camarões, República Democrática do Congo, Etiópia. Gana, Quênia, Madagascar, Moçambique e Senegal.
- América do Sul e Central: Bahamas, Belize, Brasil, Colômbia, Cuba, Equador, Guatemala, México, Paraguai e Venezuela.
- Ásia e Pacífico: Camboja, China, Índia, Japão, Jordânia, Malásia, Paquistão, Qatar, Tailândia e Vietnã.
- Europa Central e Oriental: Albânia, Bósnia Herzegovina, Bulgária, República Tcheca, Eslovênia, Montenegro, Polônia, Romênia, Sérvia e Ucrânia.
- Europa Ocidental: Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Itália, Noruega, Portugal, Suíça e Turquia.
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Bibliografia- Protocolo de Cartagena. Acesse informações sobre Acordos Ambientais Multilaterais - ONU.
- Secretariado da Convenção sobre Diversidade Biológica (2000). Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança. World Trade Center, Montreal (Canadá).
- Martín, I. J. (29/11/2018) Acordo é finalizado na COP Biodiversidade, com críticas por descumprimento. Agência EFE: Verde- Biodiversidade.
- Elaboração de EFE: Verde (20/12/2016) COP13, 72 acordos para proteger a biodiversidade. Agência EFE: Verde- Biodiversidade.
- Elaboração EFE: Verde (18/11/2018) A COP14 sobre biodiversidade busca cumprir o lema “investir na biodiversidade para as pessoas e para o planeta”. Agência EFE: Verde- Biodiversidade.