RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA: O que é, tipos e exemplos

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A preocupação com as mudanças climáticas tem levado as sociedades atuais a reconhecer a importância do vínculo que se estabelece entre a ecologia e a economia, bem como entre o capital natural e a qualidade de vida das pessoas. Neste contexto, com o objetivo de propor soluções eficazes para a atual crise ecológica, a restauração de ecossistema desempenha um papel fundamental. Baseada na conservação e reabilitação de ecossistemas não funcionais, a restauração ecológica é concebida como uma ferramenta de grande valor na trajetória da sociedade global, em direção a um futuro mais sustentável e em harmonia com a natureza.

Se você quiser mergulhar no incrível mundo da restauração de ecossistemas e seus benefícios, continue lendo este artigo do Ecologista Verde sobre restauração ecológica, o que é, tipos e exemplos.

O que é restauração ecológica e para que serve?

De acordo com Sociedade de Restauração Ecológica (SER), a restauração ecológica consiste na aplicação de processos que permitem recuperar aqueles ecossistemas que foram degradados, danificados e / ou destruídos. É uma abordagem prática que inclui uma ampla variedade de técnicas e metodologias que permitem a análise e o aprimoramento desses ecossistemas. Desta forma, podemos afirmar que dentro de seus objetivos principais, o Restauração ecológica serve para:

  • Manter o bom funcionamento dos ecossistemas, a conservação da biodiversidade e seu manejo sustentável.
  • Melhorar os aspectos físicos, socioeconômicos e culturais relacionados à proteção dos ecossistemas.
  • Promova relações positivas e evolutivas entre os seres humanos e as paisagens que habitam.
  • Prevenir os efeitos de fatores climáticos adversos como erosão e inundações, bem como garantir a estabilidade dos solos como substratos e a manutenção dos sistemas hidrológicos.

Restauração ecológica: fases

A seguir veremos, passo a passo, quais são as principais fases que são realizadas em todas processo de restauração ecológica:

  1. Estudos preliminares do meio ambiente, que inclui toda a informação relacionada com o enquadramento territorial da área a recuperar, as vias de comunicação, o uso e aproveitamento do solo, o ambiente socioeconómico, o clima e a biodiversidade, bem como os elementos patrimoniais (possíveis arqueológicos locais) e uma análise exaustiva da paisagem, na qual são definidas as diferentes unidades paisagísticas que a compõem. Tudo isso seria coletado no que é comumente conhecido como Inventário Ambiental.
  2. Desenvolvimento de objeto (geral) e de os objetivos (específico) do projeto de restauração.
  3. Análise do quadro legal e regulatório atual aplicável ao desenvolvimento de atividades de restauração na área a ser restaurada.
  4. Consideração dos antecedentes, fundamentos e condições que limitam as possíveis ações incluídas no projeto de restauração. Deve ser considerada a existência de possíveis Áreas de Proteção Especial para Aves (ZPE), bem como a presença de espécies ameaçadas de extinção, espécies invasoras, parques naturais e áreas de especial interesse e conservação.
  5. Selecione e justifique o alternativa mais adequada para o projeto de restauração, depois de ter analisado outras alternativas possíveis e suas Fraquezas, Ameaças, Pontos Fortes e Oportunidades (matriz de análise SWOT).
  6. Elaboração do mapa de ação em que cada uma das etapas a serem seguidas durante a restauração das diferentes partes incluídas na área de ação é explicada em detalhes. Da mesma forma, são detalhados o tipo de manejo, recondicionamento, desmonte do terreno e outras atividades possíveis.
  7. Projeto de estruturas de plantação e seleção de espécies de plantas concreto para reflorestar a área de restauração. Existe uma grande variedade de metodologias de plantio e aplicação de coberturas naturais e artificiais, bem como a possibilidade de se optar pela sucessão vegetal e manejo adaptativo que permite o desenvolvimento natural das espécies nativas sem a intervenção do ser humano.
  8. Finalmente, um plano de monitoramento ambiental para o monitoramento das atividades realizadas e seu acompanhamento a longo prazo.

Tipos de restauração ecológica - exemplos

Nesta última seção, definiremos os diferentes tipos de restauração ecológica que existem de acordo com sua finalidade, bem como alguns exemplos dos projetos de restauração mais surpreendentes que se realizam em diferentes países:

Tipos de restauração ecológica

  • Remediação: permite a limpeza de ecossistemas que sofreram o lançamento de substâncias poluentes. Por exemplo, é feito por meio de fitorremediação, mas também com outras técnicas.
  • Alegar: o ecossistema recebe um novo uso para uma atividade específica, social e ambientalmente aceitável.
  • Reflorestamento: florestas ou outra vegetação são restabelecidas após terem sido eliminadas. Saiba mais sobre o que é reflorestamento e sua importância aqui.
  • Facilitação: o desenvolvimento de outras espécies é promovido.

Exemplos de projetos de restauração ecológica

  • Restauração de complexos mineiros para fins de divulgação científica e ambiental: Eden Project (Inglaterra), bem como a criação de um parque de diversões em La Salina de Turda (Roménia).
  • Restauração de ecossistemas danificados pelo despejo de produtos tóxicos de origem industrial: Corredor Verde del Guadiamar (Andaluzia, Espanha).
  • Restauração de pontes, estradas e outros caminhos: Túnel de flores suspensas no Japão.
  • Restauração de pântanos e florestas para favorecer a agricultura tropical: Lacanhá Chansayab, Chiapas (México).

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Bibliografia
  • Aronson, J. et al., (2007) Restauração do Capital Natural: sem reservas não existem bens ou serviços. Associação Espanhola de Ecologia Terrestre (AEET), Revista Científica e Técnica de Ecologia e Meio Ambiente, Ecossistemas. Volume 16 (3), pp: 15-24.
  • LoSchiawo, A. et al., (2013) Lições aprendidas na primeira década de Gestão Adaptativa em Restauração abrangente de Everglades. Ecologia e Sociedade (E&S), Volume 18 (4), página: 70.
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