O impacto do lixo eletrônico: enorme problema ecológico

O lixo eletrônico atingiu tais dimensões que é um problema gravíssimo para o meio ambiente. Imerso na era do big data, o problema cresce de maneira incontrolável. Bastará dar alguns números para entender a dramática situação: nos últimos anos, em todo o mundo são produzidos anualmente cerca de 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico, ou seja, 7 quilos por pessoa. Além disso, de acordo com a ONU avisa, até 2022 o número aumentará 33 por cento.

Isso significa que em 2022 o volume anual de lixo eletrônico será cerca de 65,4 milhões de toneladas, o que equivale a um peso semelhante ao de 200 edifícios como o Empire State Building em Nova York ou 11 edifícios como a Grande Pirâmide de Gizé. Impressionante, certo? Na Ecologista Verde queremos sensibilizar para este problema e, por isso, neste artigo todos falamos sobre o impacto do lixo eletrônico: enorme problema ecológico.

O que é lixo eletrônico

Há alguns anos, o ser humano tem feito cada vez mais uso de aparelhos elétricos e eletrônicos para suas tarefas diárias. Este consumo quase massivo desses elementos gera um grande quantidade de lixo tóxico que prejudicam gravemente o meio ambiente. O chamado lixo eletrônico ou sucata é um dos problemas mais preocupantes que a ecologia atual enfrenta.

Anualmente, há entre 40 e 50 milhões de lixo eletrônico, um número que alarma por sua magnitude. Só na Europa, geramos cerca de 14 milhões, 5% do total de resíduos urbanos. Hoje em dia, raro é o cidadão que não tem, pelo menos, telefone, computador, impressoras, scanners … sem falar nos aparelhos usados nas empresas. Além disso, o ciclo de vida desses é muito curto: cerca de 3 anos para um telefone. Cerca de 180 milhões de computadores são vendidos no mundo por ano. Isso tem sido alimentado por um fenômeno social que incentiva a substituição de terminais, muitas vezes, por ter tecnologia de ponta, mesmo que funcionem corretamente. Essa prática é tão alarmante quanto desnecessária e aumenta o problema. O lixo - denominado WEEE (Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos) - é feito com pequenos componentes prejudiciais à Terra e também à saúde. Trata-se de metais pesados, cádmio, chumbo, mercúrio … Além disso, utilizam diversos tipos de plásticos não degradáveis. Isso aumenta a poluição nas águas subterrâneas, rios, lagos, mares e áreas verdes.

Alguns dos mais poluentes são cartões eletrônicos, lâmpadas fluorescentes, computadores de mesa e laptops, monitores, impressoras, câmeras de vídeo, televisores, equipamentos de áudio e telefones celulares.

A reciclagem de resíduos desses produtos de consumo é um processo caro e poluente, pois sua fabricação pode incluir cerca de 50 pequenos componentes. É caro quebrar cada dispositivo e recuperar cada material para reciclagem. Portanto, o primeiro passo que o cidadão deveria dar seria reduzir o consumo supérfluo desses produtos.

Em suma, o lixo eletrônico é chamado dispositivos eletrônicos descartados, como computadores, telefones, eletrodomésticos, dispositivos móveis, baterias, equipamentos de áudio, periféricos, etc., já estão danificados ou tornaram-se obsoletos, para o mesmo caso.

Além do conceito, para entender esse problema sua localização é importante, já que nem todos os países geram o mesmo volume desse lixo, logicamente. Na verdade, um mapa global de lixo eletrônico até mesmo foi produzido mostrando a quantidade de lixo eletrônico por país.

Especificamente, em 2012 a China e os Estados Unidos tiveram a duvidosa honra de serem líderes tanto na fabricação de equipamentos eletrônicos quanto na geração de mais resíduos desse tipo. Globalmente, as consequências são terríveis, entre outras coisas porque a reciclagem não é feita corretamente.

Por exemplo, a queima de componentes valiosos como cobre e ouro libera toxinas que poluem a atmosfera. Os exemplos mais comuns já assustam. Se uma bateria de níquel-cádmio em um telefone polui cerca de 50.000 litros de água, um único aparelho de televisão suja 80.000 litros de água com substâncias metálicas, chumbo e fósforo. Ou, sem ir mais longe, o descarte de um ar condicionado custa caro ao meio ambiente, pois contém gases CFC que destroem a camada de ozônio, além de outros poluentes considerados perigosos.

Ameaça à saúde e ao meio ambiente

Se o lixo eletrônico satura o meio ambiente, não é menos prejudicial à saúde. Ser uma fonte potencial poluente de aquífero, atmosfera e solo devido às substâncias tóxicas que contêm, uma vez que atingem a natureza, pouco pode ser feito.

Os riscos ambientais e de saúde são especialmente alarmantes nos países em desenvolvimento, destino final de uma grande quantidade de resíduos provenientes de países desenvolvidos. Além de poluir o meio ambiente, pode causar danos ao DNA e câncer, bem como inflamação e estresse oxidativo, resultando em doenças cardiovasculares.

Como lidar com o lixo eletrônico? - conheça as soluções

Diante de um problema tão contemporâneo, é importante levar a consciência individual e coletiva para amenizar seus efeitos devastadores dos maus tratos ao planeta e à saúde. Muitas organizações tentam resolver o problema a partir das leis, obrigando os fabricantes a construir seus dispositivos com elementos menos nocivos, já que são considerados os responsáveis finais. Os indivíduos podem, por sua vez:

  • Reduza drasticamente o seu consumo. Hoje, grande parte da comunicação é feita por meio de canais eletrônicos; é difícil trabalhar sem um computador ou sem um telefone. Porém, não é necessário trocar o celular todo ano para ter um um pouco melhor se o atual ainda funcionar. A compra deve ser feita por necessidade, não por capricho. Se você vai dar um aparelho eletrônico no Natal, escolha um aparelho confiável e durável, para não ter que trocá-lo em pouco tempo.
  • Precisamente na hora da compra é quando o consumidor mostra se está ou não comprometido com o meio ambiente. À tomada de decisão, além do design, preço e funcionalidades, soma-se o compromisso ambiental do fabricante. Muitas marcas já apostam em materiais menos poluentes.
  • Quando um dispositivo não nos servir mais, tentaremos reutilizá-lo. Ofereça para um amigo que não tem nem filhos, ao invés de comprar um novo.
  • Quando se trata de reutilizá-lo, podemos consultar o site do fabricante. Muitos já incluem um serviço de coleta para telefones obsoletos. Além disso, costumam oferecer benefícios como pontos virtuais ou desconto no próximo dispositivo para reconhecer o compromisso.
  • Traga o aparelho para organizações que reutilizam instrumentos eletrônicos. Eles consertam e vendem. O dinheiro arrecadado é direcionado a projetos sustentáveis. Outros doam para estratos sociais menos favorecidos. Cada vez mais designers estão se tornando famosos por criar novos objetos a partir de eletrônicos adaptados.
  • Se não quer mudar, existem muitas campanhas na Internet que oferecem serviço de recolha porta a porta, sugerem que envie por um preço baixo ou prometem arcar com os portes de envio. As opções são cada vez mais amplas e confortáveis para o consumidor.
  • Use este tipo de dispositivo para pontos especializados para a reciclagem de componentes eletrônicos. Em Madrid existem quinze pontos limpos para os depositar. Embora a reutilização seja mais conveniente (o processo de reciclagem envia toxinas para a atmosfera), você deve descartar aquelas que não são mais úteis em um ponto especializado e nunca misturá-las com outros resíduos. Na Espanha, apenas 5% dos eletrônicos são reciclados em locais convenientes. O mais preocupante é a composição das baterias, altamente prejudicial devido aos seus materiais de fabricação. Existem 3.000 milhões de usuários móveis no mundo. Se cada um deles reciclasse apenas um, economizaríamos 240.000 toneladas de matéria-prima.

Portanto, hoje podemos recolher todos os tablets, GPS ou telefones que não funcionam há muito tempo e estão guardados na gaveta há meses, e encaminhá-los para o local certo (para reciclar ou reaproveitar). Pesquisas garantem que na Espanha há aproximadamente 22 milhões de terminais móveis portadores de deficiência armazenados dentro das residências.

Começando por esvaziar gavetas e armários destes aparelhos obsoletos e seguindo os conselhos referidos nestas linhas, teremos dado parte da nossa contribuição para reduzir o grande problema do lixo eletrónico.

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