BIOMIMESE: o que é e exemplos - Resumo!

É cada vez mais comum ouvirmos novos modelos alternativos de desenvolvimento que busquem resolver os problemas atuais de forma mais respeitosa e eficiente. O princípio da biomimética é um deles. Basicamente, consiste em usar natureza como modelo, medido e mentor, observando e aprendendo o que foi polindo por anos e anos através da evolução e adaptação.

Se você quer saber o que é biomimética e exemplos disso, continue lendo porque neste artigo da Ecologista Verde explicamos o que é a definição de biomimética e quais são seus princípios. Para saber o que está acontecendo no mundo, compartilharemos alguns exemplos de biomimética para que você entenda alguns avanços que essa linha de pensamento oferece.

O que é biomimética

Biomimética é uma corrente de pensamento científico que vem do grego "bios", "vida" e "mimesis", "imitação". Procurar emular a natureza como fonte de inspiração e aprendizagem para resolver os problemas antropocêntricos atuais que a própria natureza resolveu. Seja de tecnologia inovadora ou sistemas mais simples.

Jaine M. Benyus investiga seu livro Biomimética, sobre como a ciência inova inspirada na natureza. Expõe as estratégias que a biomimética adquire a partir da análise do funcionamento da natureza:

  • Use a energia solar como fonte de energia.
  • Consuma apenas a energia necessária.
  • Forma adequada para funcionar.
  • Recicle tudo como os ciclos da matéria.
  • Recompensa a cooperação entre indivíduos.
  • Conte com a diversidade de culturas e espécies.
  • Exija tecnologia local.
  • Limitando os excessos de dentro do sistema.
  • Aproveite as limitações.

Em suma, busca ser mais eficiente tanto em termos de recursos quanto de energia para atingir uma meta por meio observação da natureza. Se olharmos para os ecossistemas, encontramos modelos muito diversos e completos. Ao todo, os ciclos de matéria e energia são autorregulados. Se houver excesso de indivíduos ou matéria, o sistema se encarregará de ajustá-lo novamente para voltar ao estado de clímax por meio de pequenas flutuações, consumindo o mínimo de energia possível.

Cada organismo evoluiu para alcançar um modelo perfeito de ser vivo, dentro de suas limitações, adaptado às suas condições e circunstâncias, por isso basta estudar quais as adaptações que desenvolveram para superar as diferentes adversidades. Já no grande Al-Andalus, o sábio andaluz Abbas Ibn Firnás, falecido em 887 DC, criou uma engenhoca para voar imitando pássaros. Embora não tenha sido uma invenção de sucesso, aprendeu-se que ele tinha que adicionar uma cauda para evitar despencar e controlar melhor o vôo.

Dentro da engenharia biomimética Deve-se considerar que para desenvolver qualquer produto que seja, deve-se reduzir suas emissões de carbono e respeitar seu modelo de produção. Como não faz sentido se produzi-lo, a análise de seu ciclo de vida é mais poluente e ocorre em países onde as condições de trabalho são menos rígidas. Portanto, é uma filosofia que não abrange apenas o imitar a natureza, senão aquele que também é respeitoso e pode ser mantido de forma ética e sustentável ao longo do tempo. Se você mergulhou na economia circular, verá como ela foi inspirada por essa tendência científica. Aqui estão alguns exemplos de biomimética para entendê-lo mais profundamente.

Aprendendo com cupinzeiros

Dentro da arquitetura biomimética destaca o Eastgate Center de Mick Pearce, Zimbábue, edifício que possui sistema de refrigeração passivo a partir do aprendizado do funcionamento do Cupinzeiros africanos.

Os ninhos de cupins são construídos com base nos princípios da termorregulação. Primeiro, eles o orientam no eixo N-S, então ele tem uma estrutura semelhante à de uma chaminé. Nele é extraído o ar quente, que é menos denso e permite que o ar mais frio passe pela base de uma rede de dutos construída pelos cupins. Dessa forma, acabam resfriando o cupinzeiro em situações em que a temperatura externa pode chegar a 42 ºC.

Stress da pele de tubarão

Tubarões, apesar de se moverem muito lentamente, sua pele não é povoada por cracas, algas ou outros organismos. Esse fato é o que levou a empresa Sharklet a criar superfícies que imitam a estrutura da pele de tubarão para que os microorganismos não proliferem.

A referida invenção é de grande interesse para uso em hospitais, como em maçanetas, grades ou interruptores. Estima-se que milhões de pessoas adquiram infecções nosocomiais ou hospitalares ao irem ao hospital, apesar da limpeza constante dos espaços comuns. A pele de tubarão limita o crescimento dos microrganismos por possuir uma estrutura que gera estresse sobre eles devido à sua disposição superficial, fazendo com que morram sem dar tempo para se multiplicarem.

Fotossíntese artificial

Outro do formas da natureza O mais estudado é como transformar a energia solar em energia que pode ser utilizada pelo homem. Uma linha busca imitar a fotossíntese natural produzida pelos organismos fotossintéticos onde, a partir do dióxido de carbono, da água e do sol, acabam produzindo oxigênio e material celular.

Ao copiar a fase leve da fotossíntese da planta, ao construir células fotoelétricas, acaba dissociando as moléculas de dióxido e oxigênio por meio da hidrólise da água. E com isso, use-o como um vetor de energia.

Cola de molusco

Dentro do biomimética Tem-se estudado como os mexilhões, mesmo em situações muito adversas de pressão, umidade e temperatura, conseguem secretar um cola capaz de aderir a rochas. Um dos benefícios dessa cola é que além de ser muito resistente, não é ecotóxica, por isso seria mais respeitosa do que as demais.

Outros exemplos de biomimética

Em seguida, indicamos outros exemplos bioinspirados pela natureza:

  • Fatos de banho inspirados em pele de tubarão para reduzir o atrito com a água.
  • Trem-bala que simula no pico do Kingfisher.
  • Alternativas fortes e biodegradáveis ao plástico inspirado na cutícula de insetos.
  • Ventiladores baseados na cauda do jibarte.
  • Radar baseado na ecolocalização de morcegos.
  • Painéis solares fotovoltaicos que rastreiam o movimento do girassol.
  • Sapatos que imitam os pés do geko.
  • Mochila em formato de tatu.
  • Velcro bioinspirado em cardos.
  • Bengala para cegos que copia a ecolocalização dos morcegos.

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Bibliografia
  • Janine M. Benyus (2012) Biomimética. Barcelona Espanha. Tusquers Editores S.A.

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