ECONOMIA COLABORATIVA: o que é e exemplos - Resumo!

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Criar negócios em casa e usar o que temos (geralmente bens materiais) tornou-se moda. Na verdade, os televisores anunciam múltiplos portais de venda de produtos usados para que, somente com o uso da internet, sem infraestrutura, os usuários interessados possam obter benefícios dando uma nova destinação aos seus pertences, que haviam abandonado temporariamente. Esta forma de introdução de bens no mercado é aquela que se enquadra nos modelos de economia colaborativa ou economia compartilhada. Certamente esse conceito é totalmente novo para você, mas talvez nem tanto os nomes de empresas como Uber, Wallapop ou Vinted.

Para aproximar este modelo econômico dos usuários e informar sobre as situações favoráveis e desfavoráveis que giram em torno dele, elaboramos um resumo da economia da partilha ou economia compartilhada. Então, se você quiser saber mais sobre como funciona a economia compartilhada, quais são os diferentes elementos da economia compartilhada e quais são seus benefícios, continue lendo este artigo do Ecologista Verde sobre o que é economia de compartilhamento e exemplos, onde também poderá saber mais sobre o conflito existente e os limites que este modelo de desenvolvimento económico apresenta.

O que é economia de compartilhamento e como funciona

A economia compartilhada é um novo modelo de desenvolvimento econômico, assente no acesso aos recursos e seus benefícios através da prestação de serviços, mas sem necessidade de se tornarem seus proprietários, que funciona essencialmente através da troca. Mas, como funciona a economia de compartilhamento exatamente?

Impulsionado pelos estudos de Gansky (2010) e Botsman e Rogers (2010), o modelos colaborativos ganharam especial relevância nos últimos anos, graças ao desenvolvimento tecnológico e às redes de comunicação, como a Internet, utilizadas como ferramenta para atender às necessidades dos consumidores.

Na verdade, no livro de Gansky The Mesh: Por que o futuro dos negócios está compartilhando, o autor identifica quatro características distintivas em empresas de economia compartilhada:

  • Primeiro, eles oferecem algo que pode ser compartilhado.
  • Para fazer isso, eles fazem uso de redes móveis.
  • Esses bens que eles oferecem são principalmente físicos.
  • Por fim, eles baseiam sua estratégia de marketing no boca a boca e na publicidade em mídia social.

Para que esse tipo de economia se materialize, como Botsman e Rogers apontam em sua publicação O que é meu é seu: o aumento do consumo colaborativo é imprescindível:

  • Acredite que é possível gerenciar adequadamente os bens comuns.
  • Confie nas pessoas que fazem parte dessas plataformas econômicas.
  • A massa crítica.
  • O desuso temporário do recurso usado para oferecer um serviço.

Por fim, vale destacar a heterogeneidade desse tipo de economia de colaboração - engloba inúmeras atividades e processos produtivos que podem até ser antagônicos - pois tem gerado polêmica significativa, pois em determinados setores pode ser muito favorável e resultar. uma oportunidade para o mercado de trabalho, enquanto em outros é um risco.

Tipos de economia compartilhada

Dependendo da finalidade que os usuários e empresas têm, eles são diferenciados 4 atividades básicas a partir da qual a economia de colaboração pode se desenvolver:

  • Consumo colaborativo.
  • Produção colaborativa.
  • Aprendizado colaborativo.
  • Financiamento colaborativo.

Tendo em conta as formas que apresenta consumo colaborativo é possível distinguir:

  • Sistemas de produto-serviço: onde os usuários podem pagar para usar um produto, sem se tornar o proprietário (Airbnb, eBay ou Uber).
  • Os sistemas de redistribuição: em que os bens que já não são úteis para algumas pessoas são utilizados por outras que os necessitam ou desejam, aumentando a sua vida útil (Wallapop ou Vinted).
  • Estilos de vida colaborativos: em que menos bens físicos ou tangíveis são compartilhados ou trocados, como tempo ou espaço (Blablacar).

Referindo-se à segunda das atividades, produção colaborativa refere-se ao design, desenvolvimento e distribuição de produtos e projetos colaborativos.

Nesta mesma linha, aprendizado colaborativo Contempla o acesso livre e aberto a relatórios, livros, leituras (por exemplo: plataformas Mooc e Coursera) e, portanto, o ensino colaborativo e a contribuição do conhecimento (como é o caso da Wikipedia).

Finalmente, em financiamento colaborativo destacam-se, por um lado, o crowfounding ou o financiamento direto e em massa de um projeto e, por outro lado, o pessoa para pessoa (P2P) empréstimo que conecta potenciais investidores com aqueles que precisam de um empréstimo. Moedas alternativas e apólices de seguro em grupo (Wesura) também estão incluídas.

Exemplos de economia compartilhada

Conforme afirmado no artigo de Picazo e Martínez (2016), o principais setores da economia colaborativa de 2005 a 2015 foram, nesta ordem, do maior para o menor envolvimento: transporte, alojamento, financiamento e troca de serviços e produtos.

Além daqueles mostrados na seção anterior, abaixo estão mais exemplos de economia compartilhada:

  • Couchsurfing que favorece o intercâmbio cultural entre as pessoas por meio de hospedagem gratuita no destino.
  • Sistemas LETS (por suas iniciais em inglês, Sistemas locais de negociação de câmbio) ou permuta.
  • Crowdsourcing Constitui uma forma de trabalho coletivo em que pessoas que não pertencem à mesma empresa ou instituição trabalham de forma coordenada no mesmo projeto ou produto (destacam-se empresas como Lidl ou Heineken).
  • Bancos de horas que permitem a troca de serviços, levando em consideração os horários. Na Comunidade Valenciana (Espanha) é possível encontrar, entre outros, o banco de tempo Xàbia e a rede de câmbios SJM Valencia.
  • Landsharing para promover o cultivo em terras abandonadas.
  • Moedas locais ou sociais que podem ser trocadas por dinheiro real, como no Hub Culture.
  • LendingClub para o empréstimo de dinheiro entre pessoas físicas.

Vantagens da economia compartilhada

Como já foi comentado nas seções anteriores, a economia colaborativa gera externalidades positivas que favorecem sua implantação e sucesso em determinados setores. Entre os benefícios da economia compartilhada deve-se notar:

  • Facilita as formas de consumo.
  • Permite que as pessoas físicas obtenham renda adicional ou extra, evitando a presença de intermediários.
  • Favorece uma gestão mais eficiente dos recursos.
  • Introduz no mercado novos serviços, a um preço mais acessível, fomentando a competitividade positiva e a inovação.
  • Contribuir para a economia circular.
  • A nível ambiental, permite reduzir a pegada ecológica do consumo para os utilizadores e a poluição.
  • No plano social, favorece a criação de vínculos sociais e comunitários. Além disso, também contribui para o alívio de problemas sociais como o hiperconsumismo e a pobreza.
  • No nível de governança e gestão, permite a incorporação de modelos participativos e inclusivos.
  • Por fim, é uma importante fonte de conhecimento e conhecimento que contribui para o crescimento pessoal.

Desvantagens da economia compartilhada

Conhecendo os modelos de negócios colaborativos que foram mencionados ao longo do artigo, é possível que possamos identificar alguns dos problemas ocorridos e que, sem dúvida, marcam as desvantagens deste tipo de modelo económico. Um caso recente pode ser o conflito entre o Uber e os táxis. Nesta base, o principais desvantagens da economia de compartilhamento são:

  • A concorrência desleal que o surgimento desses tipos de negócios colaborativos provoca com relação aos tradicionais.
  • Falta regulamentação, então os direitos do consumidor são abandonados. Isso, além disso, favorece a rápida expansão desse tipo de negócio.
  • Esta mesma falta de regulamentação põe em risco as relações laborais das empresas com os trabalhadores, que na maior parte dos casos trabalham por horas e por conta própria. Aqui, a polêmica do caso do cavaleiros ou entregadores que viajam de bicicleta.
  • Favorece o surgimento de monopólios em determinados setores, ao contrário de um de seus maiores benefícios, que é contribuir para a eliminação da pobreza.
  • A dificuldade das cooperativas existentes em adotar esse tipo de modelo econômico.
  • A gama de plataformas colaborativas que podem existir na Internet é tão ampla que os usuários não conseguem conhecê-las todas, o que deixa em desvantagem aqueles que ganharam menos fama ou difusão.

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Bibliografia
  • Millán Diaz-Foncea, Carmen Marcuello Servós, Grupo de Pesquisa GESES, Universidade de Saragoça. Manuel Monreal Garrido, IUDESCOP - Universidade de valencia. (2016). Economia social e economia colaborativa: renda e potencialidades: https://zaguan.unizar.es/record/69619/files/texto_completo.pdf
  • Alfonso Sánchez, R. CIRIEC-Espanha, Revista de Economia Pública, Social e Cooperativa, não. 88, dezembro de 2016, pp. 230-258. Centre International de Recherches et d'Information sur l'Economie Publique, Sociale et Coopérative, Valência, Espanha. Economia da partilha: um novo mercado para a economia social: https://www.redalyc.org/pdf/174/17449696008.pdf
  • Mª Teresa Méndez Picazo, Universidade Complutense de Madrid. Mª Soledad Castaño Martínez, Universidade de Castilla-La Mancha. (2016). Chaves para a Economia Colaborativa e Políticas Públicas.
  • Economistas sem Fronteiras, nº12 D. (janeiro de 2014). Economia Colaborativa: http://www.ecosfron.org/wp-content/uploads/DOSSIERES-EsF-12-Econom%C3%ADa-en-colaboraci%C3%B3n.pdf
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