ESPÉCIES INVASIVAS: O que são, exemplos e consequências - Resumo!

Muitos cientistas afirmam que estamos diante da sexta extinção em massa: ao longo da história da Terra ocorreram cinco eventos de extinção em massa de espécies por causas puramente naturais, porém a sexta extinção se deve principalmente a causas antropogênicas, ou seja, por humanos ações.

A introdução de espécies invasoras nos ecossistemas é um dos fatores que mais contribui para a extinção de espécies e perda da biodiversidade. Se você estiver interessado em saber mais sobre o que são espécies invasoras, exemplos e consequências deles, da Ecologista Verde convidamos você a continuar lendo este artigo.

O que são espécies invasoras

Começamos esclarecendo o que exatamente é uma espécie invasora. Quando falamos sobre espécies invasoras, queremos dizer espécie de origem remota que ao chegar a um novo lugar, eles se estabelecem e se espalham em grande velocidade modificando a estrutura e o funcionamento do ecossistema.

Como fator comum, todas as espécies invasoras apresentam características que explicam o sucesso das invasões: altas taxas de crescimento e reprodução. Além disso, invasões biológicas podem ser favorecidas pela semelhança das condições climáticas com as da região de origem da espécie e, também, pelo grau de vulnerabilidade ou suscetibilidade da biota nativa.

Como uma espécie se torna invasora?

O processo de invasão biológica consiste em três etapas:

  1. Estágio de transporte, onde uma espécie é transportada de seu local de origem para um novo território. A partir desse momento a espécie é classificada como exótica. No entanto, como as espécies invasoras chegam a novos territórios é uma questão complexa, embora a maioria das espécies seja deliberadamente movida, alguns espécimes são transportados acidentalmente, como no caso de ervas daninhas cujas sementes podem ser colhidas com sementes comerciais ou mesmo com ratos. E insetos que vivem a bordo navios e aviões.
  2. Estágio de assentamento, ocorre quando a espécie exótica encontra condições favoráveis para sobreviver e se reproduzir no novo ecossistema, para que possa formar populações. Neste caso, a espécie tornou-se naturalizada.
  3. Estágio de propagação, Acontece quando a espécie naturalizada tem capacidade de propagação superior à da espécie do próprio ecossistema, fato que leva à alteração do meio ambiente. Agora a espécie é considerada invasora.

Exemplos de espécies invasoras e seus impactos

Nesta seção, apresentamos alguns exemplos de espécies invasoras na Espanha, Argentina e México e desenvolvemos dois casos de espécies invasoras e seus impactos.

Exemplos de espécies invasoras na Espanha

  • Vison americanoVison neovison)
  • Papagaio argentino (Mylopsitta monachus)
  • Caranguejo americano (Procambarus clarkii)
  • Camalote (Eichhornia Crassipes)
  • Alianto (Ailanthus altissima)

Se você quiser saber mais exemplos de espécies invasoras neste país, recomendamos que você leia nosso artigo sobre espécies invasoras na Espanha e suas consequências.

Exemplos de espécies invasoras na Argentina

  • Esquilo de barriga vermelhaCallosciurus erythraeus)
  • Veado-vermelho (Cervus Elaphus)
  • CastorCastor)
  • Acácia negra (Gleditsia triacanthos)
  • Amora de papel (Broussonetia papyrifera)

Exemplos de espécies invasoras no México

  • Porco selvagem ou javali (Sus scrofa)
  • Rato preto (Rattus Rattus)
  • Mexilhão zebra (Dreissena polymorpha) Também invadiu a costa espanhola.
  • Peixe-leão vermelho (Pterois volitans) Originária do Oceano Índico, invadiu as águas do México e também as águas marinhas espanholas do Mar Mediterrâneo.
  • Mãe de milharesKalanchoe delagoensis)
  • Nenúfar (Eichhornia Crassipes)

O caso dos papagaios argentinos na Espanha

Possivelmente você já ouviu falar do problema dos papagaios argentinos em Madri, um dos casos mais conhecidos de animais invasores. Essa espécie foi introduzida pelo homem na década de 1980, por sua atratividade como animal de estimação. Porém, como resultado de fugas ou solturas intencionais, o papagaio argentino conseguiu se estabelecer não só em Madrid, mas também em outras partes do país (por exemplo, são muito abundantes em Barcelona), atingindo uma população de aproximadamente 20.000 exemplares em todo Espanha. O estabelecimento dessa espécie invasora causa problemas de vários tipos, entre eles: problemas ecológicos, como o deslocamento de espécies nativas; problemas sociais, como poluição sonora em áreas urbanas, transmissão de doenças ao homem e a possível queda de seus ninhos que, devido ao seu peso, podem ser letais; e também problemas econômicos, uma vez que causam danos significativos às lavouras.

O caso da acácia negra na Argentina

Um caso exemplar de plantas invasoras É a acácia negra nativa dos Estados Unidos, que foi introduzida nas pastagens dos pampas da Argentina a partir de 1800 durante a colonização europeia. Hoje, espécimes de acácia negra se espalharam por todo o país. Em particular, eles foram instalados nas costas de rios e riachos, modificando consideravelmente o ecossistema. Por outro lado, sua presença reduz a disponibilidade de luz, o que prejudica principalmente os organismos fotossintetizantes e, conseqüentemente, toda a cadeia alimentar. Da mesma forma, a presença da acácia negra representa uma dificuldade para a fauna, pois possui muitos galhos com grandes espinhos. Desta forma, as espécies nativas são deslocadas porque devido à alteração do seu habitat não apresentam um local seguro de refúgio, alimentação e nidificação.

Aqui você pode aprender mais sobre o que são plantas invasoras e exemplos de espécies.

Consequências de espécies invasoras

Como indicamos no início, a grande consequência de invasões biológicas se traduz no perda de diversidade biológica. Neste outro artigo, você pode aprender mais sobre as causas e consequências da perda de biodiversidade.

Você provavelmente está se perguntando que danos as espécies invasoras causam à biodiversidade. O estabelecimento de espécies invasoras causa, em primeiro lugar, a deslocamento de espécies nativas, principalmente quando a espécie invasora usa os recursos das espécies nativas, mas com maior eficiência. Também causam alterações nas redes de interação entre as espécies, uma vez que é comum, por exemplo, que espécies de plantas invasoras competam com as nativas por polinizadores e dispersores no ecossistema. Além disso, não podemos ignorar a possibilidade de que os invasores tragam consigo doenças ou pragas aos quais são resistentes, mas não a biodiversidade local.

Você pode aprender mais sobre o que é uma espécie nativa ou autóctone neste outro artigo da Ecologista Verde.

Gerenciando o problema das espécies invasoras

As possíveis soluções para o problema das espécies invasoras não são fáceis de encontrar, pois, uma vez que a espécie se estabeleça, é difícil erradicá-la. Apesar disso, existem alguns estratégias de gestão:

  • Em princípio, os ecossistemas são constantemente monitorados para alcançar a detecção precoce.
  • Daí o controle das populações invasoras, ou seja, reduzir a abundância da espécie e limitar sua distribuição.
  • Por último, a mitigação está concluída. Ou seja, utilizando estratégias que não visam o manejo das espécies invasoras, mas sim o recurso a ser conservado.

Porém, a melhor estratégia é a prevenção, uma vez que evitar a introdução de espécies exóticas, que pode então se tornar invasivo, é menos caro do que outras estratégias de gerenciamento. Neste outro post falamos mais sobre a introdução de espécies exóticas: causas e consequências.

Se você quiser ler mais artigos semelhantes a Espécies invasoras: o que são, exemplos e consequências, recomendamos que você entre em nossa categoria Biologia.

Bibliografia
  • Primack, R., Rozzi, R. C., & Feinsinger, P. (2001). Fundamentos de conservação biológica (No. 333.9516 P9351f Ex. 7 019561). Fundo de Cultura Econômica.
  • Martín, M. (2006). O papagaio argentino (Myiopsitta monachus) na cidade de Madrid: expansão e hábitos de aninhamento. Madrid Ornithological Yearbook, 2005, 76-95.
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