
Certificação de Soluções Bioclimáticas. Ferramenta de cálculo bioclimático SCBcal-01
O mundo da arquitetura bioclimática está em ascensão, é difundido por profissionais do setor que veem uma oportunidade de trabalho ou treinamento realmente interessante. Queríamos saber que ferramentas podemos começar a mostrar a vocês e que pela sua utilidade e simplicidade, além de serem gratuitas, podem nos trazer diversos benefícios tanto em termos de conhecimento quanto de aplicação em nossos projetos.
Neste caso, como resultado do post anterior "Manual de desenho bioclimático para o urbanismo", temos investigado a favor dos seus criadores e nos deparamos com uma ferramenta que acreditamos valer a pena conhecer, Ferramenta de cálculo SCBcal-01 (Certificação de Soluções Bioclimáticas) que vem do Projeto BIOURB (Diversidade bioconstrutiva transfronteiriça, edifício bioclimático e sua adaptação à arquitetura moderna e urbanismo) que vem de um programa de cooperação transfronteiriça entre Espanha - Portugal protegido pela União Europeia e co-financiado pelo FEDER e POCTEP.
O objetivo da aplicação é calcular e estimar o seu contributo para a redução da procura de energia nos edifícios, bem como permitir uma estimativa do contributo para a redução das emissões de CO2. Aqui poderíamos dizer que para isso já temos os “magníficos” programas do Ministério da Indústria para a certificação energética, em parte sim e em parte não.
O Ferramenta SCBcal-01 concentra-se em ajudar o projetista a determinar o tamanho final de uma solução bioclimática a ser incorporada a um edifício. Para isso, trabalha em uma série de soluções construtivas concretas, que são:
Paredes de trombe não ventiladas
As soluções bioclimáticas que incorporam um invólucro vertical opaco, de espessura e transmitância variáveis, na sua face interna e um invólucro simples ou múltiplo, na sua face externa, são conhecidas pelo nome de "Muro Trombe".
Paredes de trombe ventiladas
Uma variante da parede do trombe é a "Parede do trombe ventilada". É um recinto destinado à captação solar, com as características típicas de uma parede trombe, que também possui dutos (com ventilação natural ou forçada) que permitem a possibilidade de dupla troca de ar.
Galerias bioclimáticas
Considera-se que existe uma galeria (ou estufa) anexa a um edifício quando um volume construtivo relativamente fechado, parcial ou totalmente envidraçado, partilhe, na sua face exterior, uma ou mais paredes verticais do edifício.
Capas de captação passiva
A função de uma tampa coletora passiva é captar o máximo de radiação solar possível durante o período de aquecimento. Isso também supõe um consumo extra durante o período de resfriamento, que pode ser reduzido por meio de espaços de transição localizados sob a cobertura. Esses espaços devem ter o máximo de isolamento possível no inverno em relação ao exterior, podendo ser ventilados no verão para baixar suas temperaturas.
Paredes verdes
Esta solução consiste na interposição de um elemento vegetal entre a irradiação solar e a parede do recinto do edifício, evitando assim que uma parte significativa da radiação incida na parede e evitando a entrada de calor no edifício devido a este fenómeno.
Coberturas vegetais
O telhado inercial verde ou telhado verde de um edifício produz efeitos de isolamento térmico e inércia, que dependem fundamentalmente da altura e das características do substrato vegetal e do resto das camadas inferiores, um efeito de sombra (junto com evapotranspiração e fotossíntese), dependendo do o tipo e distribuição das plantas utilizadas e a redução da temperatura externa da superfície por evaporação direta da água presente no substrato. As características sazonais adequadas dessas plantas podem contribuir para uma melhoria em seu desempenho energético. É interessante ter plantas com amplo desenvolvimento no verão e pouca atividade no inverno, de preferência caducifólias.
Ventilação geotérmica
A passagem do ar de ventilação do edifício através de elementos subterrâneos (condutas ou armazéns) permite que seja temperado antes de entrar no edifício. Desta forma, a economia de energia é alcançada tanto no inverno (por aquecimento do ar) quanto no verão (por resfriamento). Além disso, o uso alternativo de ambas as opções através do mesmo trocador de calor pode auxiliar na regeneração térmica do solo a distâncias suficientemente profundas.
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